HOJE CONVERSAMOS
NUNO BARRETO COSTA – JORNALISTA
Corria a década de 90, quando conheci o Nuno Costa, onde
chegamos a fazer em conjunto um programa da rádio numa chamada “ rádio pirata”,
programa esse que tinha o nome de “spoilers e aillerons”, que foi um sucesso
nessa altura entre os programas especializados, outros tempos. Com o passar do
tempo Nuno Costa seguiu outro rumo, e eu outro, mas passado uma década de
corridas, trazemos pela primeira vez para o www.velocidadeonline.com, Nuno Costa,
que logo na primeira pergunta quisemos saber quem é…o que a sorrir disse-nos
logo “ O meu nome é Nuno Barreto Costa Cheguei ao
jornalismo por via de um bichinho dos automóveis incutido na minha juventude
por amigos. Nomeadamente um cujo pai liderava uma equipa de automóveis mas por
arrasto, uma vez que era alguém ligado a uma agência publicitária. Aconteceu
nos finais da década de 1980 e começou pela rádio surgindo depois a
possibilidade de colaborar num grande jornal diário em eventos de automobilismo” Ao longo de todos estes anos quisemos saber qual foi o “ponto
alto ”O ponto mais alto da carreira
foi sem dúvida acompanhar o périplo dos pilotos portugueses nas 24 Horas de Le
Mans e ter feito a cobertura dessa mítica prova em dez ocasiões “ E o maior susto ?” Bem , maior susto foi mesmo um acidente numa viagem
para um certo Rali Alto Tâmega quando não existia ainda a A4 e o carro em que
me transportava entrou em aquaplaning não foi nada relacionado com a competição
pois aí correu sempre tudo muito bem “ E
para preparar um trabalho quanto tempo é necessário, o que logo disse “ Umas
boas duas horas chegam e sobram para planear os eventos Normalmente o material
fotográfico ou é fornecido por um fotógrafo colaborador habitual ou por
agências de comunicação ou serviços media das várias competições em relação ao
material de trabalho passei todas as fases, desde as máquinas de escrever, aos
telex, primeiros PC’s, primeiros portáteis até aos computadores portáteis
atuais “ Sobre o actual automobilismo não deixou de dar a sua opinião
dizendo “ O automobilismo atual é mais imediato e mais efémero. Isso é bom
por um lado e nem tanto por outro. É sempre uma faca de dois gumes. Há aspetos
positivos e outros negativos, como é o facto dos temas serem tratados com menos
“ profundidade, pois há menos tempo. “ Em relação à cobertura das provas
acrescentou-nos “Em termos de
cobertura as provas que mais gozo dão cobrir são as corridas de endurance.
Penso que terão sido as 24 Horas de Le Mans e as provas desse género que
seduziram mais. O trabalho em equipa e a entreajuda entre os pilotos e um clima
de maior amizade fora das pistas. Acho que isso é muito raro noutras
disciplinas embora por cá isso se veja em determinados campeonatos. Há vários
episódios engraçados” . Sobre alguns
momentos da sua vida como jornalista, disse-nos “ “. No estrado de imprensa
improvisado nós, os jornalistas, só nos riamos. Inicialmente as condições de
trabalho nas provas eram péssimas. Essas de Vila do Conde eram as piores. Mas
lá fora também, pois lembro-me em 1989 quando fui pela primeira vez a Le Mans a
sala de imprensa era… uma tenda e fazia um calor infernal lá dentro. Depois
foram melhorando. Mas em certas provas, poucas diga-se, deixam muito a desejar.
Mas melhoraram imenso. A internet já funciona mais vezes, já há mais fichas
para se ligar os computadores. É claro que as provas de cariz internacional têm
sempre muito melhores condições. “ Sobre
a questão da atribuição do cartão Media FPAK; Nuno Costa tem uma opinião própria
“Acho que o controle que a FPAK pode fazer dos media é analisar o que anda a
ser publicado e com que frequência. Será o aspeto a melhorar pela entidade
federativa, para que a acreditação não seja uma espécie de cartão de sócio da
Federação “
ENTREVISTA DE JOÃO RAPOSO – www.velocidadeonline.com
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João Raposo
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